O poder da corda

O que te lembra uma corda?
Um fio unido, um cabo esticado, um instrumento que salva vidas ou que a tira?
A costura entrelaçada que da força ao seu uso?
Uma anátema, um dilema, um poema?
Uma corda bem dada às vezes gera um problema. Um nó de porco não deixa a corda bamba, nem samba do criolo doido desfaz esse poema...
A corda presa, a corda solta, a corda toda...
No barranco amarrada, ela pendura! Vira bang bang num pêndulo bambo..
A corda salva o homem da lama. Amarra o simples e tolo no fundo do poço.
Pra ela não tem hora... Tamanho, só que a usa sabe...
A corda amarra, e uns a soltam... No mais segura o que tá solto.
Nunca se sabe quando ela vai parar em um pescoço...
Ela sela um compromisso, desfaz um negócio. Com ela não anda sócio. Ou se usa a corda ou a corda não se usa... ela é forte, ela é sorte, ela é ela,  embaraçada embaraçosa, simples e pomposa... a corda, maldita corda.
Corda que se toca, corda que se dobra, corda que se enforca...
Não dá pra entender aqueles que olham pra ela e entregam o seu pescoço. O põe a fio...
O que manifesta a união da amizade, o que amarra e segura o que se perde, vira utensílio do escarnio contra a própria vida!
Não sou fã do uso dela como ornamento de pescoço, prefiro acreditar que quem ousa usá-la como colar, deve descolar um pouco da cadeira, deixar o mundo se apresentar. Mas mantenha-o inteiro em cima do dorso.
Para que você me entenda: jovens com tanta vida pela frente estão desatando o nó da vida atando-o no pescoço! Infortúnio do pressuposto!

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