s2 Emotions s2 - O Triunfo das Máquinas

´Em 2005 haverá mais gente se divertindo na Internet do que assistindo àquilo que hoje chamamos de redes de televisão (...) A comunidade de usuários da Internet vai ocupar o centro da vida cotidiana. Sua demografia vai ficar cada vez mais parecida com a do próprio mundo. (Nicholas Negroponte,1995)`

Os grandes movimentos tecnológicos no mundo, estão em constantes atualizações! O mercado do intercâmbio digital não pára de crescer. O advento da informação digital ultrapassa a cada dia os próprios limites. A Cibercultura, de moda passou acessório na ficção do entretenimento. O que veio para aproximar as pessoas, cumpre seu papel invertidamente. Hoje o homem está conectado na máquina e desconectado do mundo.

A presença física anda cada vez mais ausente. A revolução da sofisticação, torna-se cabalmente no inevitável marasmo vindouro. O prazer de navegar no ciberespaço resume-me a muitos, e quase todos limita-se, as teias de relacionamento.

Hoje o Brasil fada-se aos sites de relacionamentos! O tempo gasto de cada indivíduo no comando de sua nave mecatrônica: "O Computador", é algo escandaloso. Atualmente com base na pesquisa da Nielsen, empresa que oferece serviços de mensuração e análise de dados de navegação na internet, o Brasil é o país que maior tempo gasta na frente de seu micro, cerca de 48 horas e 26 minutos mensais.

Os números crescem em progressão alardeadora, hoje 80% dos brasileiros que navegam na internet estão ligados as redes de relacionamento como o Orkut, Facebook, MySpace, Twitter, YouTube, Fotologs, Videologs e Blogs entre outros.

Aglomerados de conhecimentos tornam-se disponíveis a todo instante. Entulhos de informações que a cada segundo nos informam e nos devoram, além de nos mostra o poder de cada ferramenta disponível nessa "nave internetiana”.

O mundo divide-se não mais em índios, brancos, negros, homens, mulheres… mas está dividido apenas por quem está, ou quem não está conectado ao ciberespaço!

As pessoas tornaram-se vitrines humanas na frente de seu computador. Seres humanos hoje interagem através de uma máquina, com sorrisos digitais, sentimentalismos gráficos (Emotions). O poder do tato, e o calor de um abraço não é mais atrativo aos navegantes do ciberespaço emocional. Não se vive mais um dia sem consultar os oráculos do bem estar, esperando a felicidade galopando entre cabos, redes e bits de uma ogiva imensa. A vida entrou em um colapso na sua existência!

Ainda há algo do qual podemos classificar como “Aspas da personalidade”. A internet realmente aproxima as pessoas, mas nem sempre de pessoas reais!

Quando se está perto de uma pessoa é impossível disfarçar a timidez. Mas através das fibras óticas dessa matrix, a timidez chega até a não existir! Isso não é dado. Isso é fato.

Criamos seres admiráveis e ocultamos o que realmente somos: as vezes abomináveis...

O homem nasce, cresce, se conecta e morre. Teorias assim ainda não são estudadas, do exíguo conhecimento que tenho, mas caberiam boas respostas de como a revolução da conexão transformou a vida do homem. A internet ainda é um privilégio de alguns, mas é desejada por quase todos. O tempo que vivemos não é moderno, mas tecnológico. A vida social de muitas pessoas está lincada à quantos perfis esta tem, se possui vida online, se não, não se vive ou está desconectado do mundo.

Apesar de todos os atropelos do homem, a Cibercultura ainda apresenta grandes e numerosas soluções para a aproximação de mundos, que caberia ao conhecido jargão ‘aprecie com moderação’.

‘A vida normal se mistura com a vida virtual de uma forma como os jovens não sabem mais separar. As próximas gerações [...] estão crescendo nesse mundo [...] vão crescer vendo a web como algo normal, rotineiro e que não vão viver sem. (MORAIS, 2009, p. 14).’