Mc Donalds boliviano


Existem muitos refrigerantes não vendidos no varejo local e que são super saborosos. (Foto: Glauco Capper)
Acostumamos com a Coca-cola. Sim, acostumamos! Coca ao sol, sob de chuva, na quentura... Não estou fazendo propaganda para Coca-cola. Nem contra.

Andei por aí, e pelas bandas de lá, é possível experimentar novos sucos, refris, novos sabores... O novo e a cultura nova pode até assustar, mas não deixam de ter seus prazeres. 

Hambuguesa Cencilia - Lembra ou não lembra um McDonalds... (Foto: Glauco Capper)

Fui um pouco mais adentro da rua de compras de Cobija – Pando, e vi que há um mundo cultural pulsando por lá. 

A gastronomia que carrega diversas famas no Acre é no Brasil, tem outros sabores por lá. Experimentei dessa vez um McDonald's boliviano – um belo e suculento Hamburguesa Cencilia -, sanduíche com carne, salsicha, salada, acompanhado por batata frita. Quem experimentou os molhos apimentados de lá, sabe que o tempero é quase inconfundível e, isso no Hamburguesa fica óh... E tudo isso por pouco mais de 10 bolivianos, cerca de 4 reais.

Encontrei em lanchonetes à beira da estrada, suco de banana em lata, muito bom e, excelente, um refrigerante saboroso com gosto forte de laranja, não muito gasoso, bem diferente e melhor que a Fanta. Mas gosto é gosto. Há uma imensidão de guloseimas que estão superando minhas expectativas em sabor por onde tenho ido. ‘Bem aí...’ Mas pense num ‘bem aí’ rico em novidades...

Moeda Boliviana (Foto: Glauco Capper)

Acrelândia

A primeira cidade planejada do Estado do Acre (Foto; Glauco Capper)
Acrelândia é considerada também como a “Princesinha do Acre”. Ela foi a primeira cidade planejada do estado e, conta hoje, com pouco mais de 12 mil habitantes. A pacata cidade reserva belas paisagens, uma hospitalidade ímpar e muitas riquezas culturais.

Muito conhecida por sua produção pecuária, hoje principal atividade exercida na região, Acrelândia teve seu momento bom na exploração madeireira, quase extinta por falta de projetos dos grandes empresários. Morador da região, André nos contou que nos finais de semana a cidade parava, “era grande o fluxo de pessoas aqui”. Hoje o que movimenta a cidade são os grandes eventos agropecuários que acontecem geralmente em junho e julho.

Com a grande migração de sulistas, foi como se deu a formação populacional da Princesinha do Acre, é quase impossível não ver pessoas portando olhos verdes, senão, azuis.
Lá, toda boa festa sempre começa e termina em churrasco, é com uma inconfundível alegria e comemoração dos acrelandenses. Durante uma festa de casamento que participei, as brincadeiras e a intimidade do povo conquista e cativa.

Paróquia Rainha da Paz (Foto: Glauco Capper)

A cidade conta com obras portentosas como a paróquia Rainha da Paz e a imensa Assembleia de Deus; a curiosa câmara dos vereadores, entre outras. O mais interessante de tudo, tirando os buracos claro, são as ruas largas. Tive até o privilégio de parar o carro no meio da rua, e ninguém me xingou ou buzinou ou esculhambou...

Igreja Assembleia de Deus (Foto: Glauco Capper)


Maravilha de cidade essa Princesinha viu... Vou até voltar e passar mais tempo, conhecer mais histórias e estórias que pelo visto, há muitas! 

Poltrona 33

Rodoviária de Cruzeiro do Sul, 19h. (Foto: Glauco Capper)
Viajar de ônibus ganhou um novo sentido pra mim: tortura do início ao fim!
Cometi a asneira de perder o voo para Cruzeiro do Sul, e como era uma viagem à trabalho na cidade, temendo represálias ou chacotas ou punições mais severas, sem delongas, parti para a rodoviária onde peguei um táxi que não ia até Cruzeiro, mas que chegaria mais rápido a Tarauacá.

Bem, meio dia e quinze, entro no táxi que vai buscar uma passageira que está no centro de Rio Branco. Chegando lá, ela diz para o taxista:

- Preciso pegar minhas coisas lá na Sobral e uns documentos lá no Ouricuri.

Literalmente o oito e o oitenta. Eu já feliz da vida né... Ai com a comédia da vida real, fiquei mais ainda. Só que não! Bem, não teve outro jeito, já que os taxistas se submetem a quase tudo para fechar passageiros para os municípios.

Já chegava às 15 horas e a partida então seria certa. Pegamos a estrada, BR 364, o carro ‘um pouco pesado’ com seis passageiros e o motorista com seu pé mais leve que pena.

Imaginei... Só peguei táxi porque achei que ia ser mais rápido. Me lasquei pela segunda vez!

Chão pra que te quero, estamos indo nós. No banco de trás, ia um casal bem apaixonado. Aparentavam estar bem próximos a casa dos quarenta, mais um fogo de um casal de quinze.

Depois de muito parar e lanchar, chegamos a Feijó, de bucho cheio, claro. E para deixar o casal mais “Love Love” da parada, uns “vira aqui”, “vira na próxima”, “tamo chegando” que nunca chegava, “é bem alí” que não era. Enfim, deixamos o casal para “ailoviar” à vontade e partimos para Tarauacá. Como a vida de taxista é dura, e a pressa não faz parte do seu imaginário, além do oportunismo de economizar gasosa, uma van que passava foi parada. Entre acertos financeiros e “baldeamentos de nóis”, saímos de Feijó de van, cheia de pessoas superanimadas. Menos eu claro.

Até aí beleza. Tive que esperar o busão que passava às 2h e, então, Cruzeiro partiu!

As 6h e 15, vi apontando no horizonte a cidade cruzeirense. Nossa, a festa estava garantida dentro de mim. Apesar do cansaço, fiquei sim muito feliz. Cheguei a tempo de tomar um bom banho, tirar a inhaca da viagem e me preparar para cumprir minha agenda de trabalho durante aquele dia. 


Catedral Nossa Senhora da Glória construída em 1957. Umas das maiores referências turísticas do Acre. (Foto: Glauco Capper)

Surpresas ainda estavam por vir. Com o no-show pelo não embarque, o retorno de avião não foi garantindo. E ai, vamos apelar: busão pra voltar para Rio Branco.

Já dentro do ônibus às 19h e 40, me sentindo aliviado e ao mesmo tempo preocupado para aquela longa jornada noturna de retorno pra casa. A vontade de dormir tomou conta de mim, até que o mais inacreditável aconteceu.

Um casal na poltrona a minha frente, passaram a noite fazendo o que não devia. Olha, é uma situação constrangedora, já que, de certa forma, exigir algum tipo de respeito ali é quase que assinar a expulsão imediata.

Bem, não foi nada fácil. Era um chamego, um fungado e de repente o banco desce duma vez em cima de mim. E o pior de tudo é que a seca era tão grande, que foi a noite toda. Não parou um instante. E inspirou até uma moçoila e rapaz que partiram pro banco de trás de onde eu estava para muvucar também! Putz... Que noite! Só sossegaram um pouco mais, quando a luz do dia deixava as claras o rito prazeroso dos casais.

É, não tinha luz para afugentar a promiscuidade. O negrume foi um prato cheio pra tudo. Até para um jovem ir ao banheiro e puxar um baseado. Esqueceu que fumaça vaza. Empestou o ônibus! Ai, ia dando um rolo, mais com consciência e talvez negligência, o ‘comissário’ do transporte apenas disse que não podia fumar e tal, levou numa boa. Fazer o quê né!

Mais a boa mesmo, foi ter chegado em casa. Depois de dois dias intensos de voltas e reviravoltas, aprendi a chegar cedo em um aeroporto. E se for viajar de busão, comprar passagens cedo, reservando a cadeira de preferência ao lado do motorista, para que assim, possa se ter uma viagem mais tranquila! E na boa, esse foi apenas o relato de minha experiência naquela noite. O que passar disso, ou o que render mais que isso, não sei mais de nada, #morreunobus!

Umas das melhores coisas que me aconteceu na viagem: experimentar o delicioso guaraná fabricado em Cruzeiro. (Foto: Glauco Capper)

Vai entender...

Aqui a placa está correta viu... ;)
Nosso trânsito é bem engraçado. Muito mesmo. E não é que ele seja uma comédia, até que bem parece mesmo.  Para uma distância de 12km, chegamos a passar mais de 40 minutos engarrafado nas longas filas e conglomerados de carros, seja centro bairro ou bairro centro. Isso, tomando como base, os bairros mais afastados.

Nossas vias principais possuem sinaleiros que ultrapassam quatro minutos e não dão acesso a outras vias. Quem anda no centro de Rio Branco sabe o que estou falando. Na Avenida Ceará não há possibilidades de virar para à esquerda, para quem vai ou à direita para quem vem... A não ser que ninguém esteja vendo... Ou, dependendo do convênio com um posto de gasolina, dá pra ir até o trevo no bairro Seis de Agosto. Peripécias da engenharia!

Rotatórias com preferências, outras sem a mesma; faixa de pedestres mal posicionadas; falta de semáforos próximos de escolas; velocidade permitida de 40km/h em vias rápidas e rodovias; quebra-molas em cima das faixas de pedestres; entre outras, são as ‘coisas belas’ da nossa engenharia.

Não vou nem entrar no mérito dos sinaleiros que ficam verde, com o próximo amarelando, isso em menos de 100 metros, gerando engarrafamentos nos cruzamentos, e quando é no centro da cidade, a muvuca e estresse ficam garantidos.

Não podemos deixar de observar que, o aumento da frota de veículos em Rio Branco, onde já chega a 136.740* veículos - dado de setembro de 2013, disponibilizado pelo site do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) - tem contribuído para os entraves no nosso trânsito e registros de mais de 5121 acidentes só em 2013.

Não é o número de carros ou motos ou tratores ou o quer que seja que faz o trânsito ruim. É raciocínio e lógica de que, colocar placa em lugar errado, vai dar carros engarrafados... Soluções existem a deriva... Já vontade de fazer a coisa certa.... 




Aqui o caos se instaura... :O


Seis minutos

Para reabrir o check-in o voo atrasa 40 minutos. Mais passageiros embarcam, menos a empresa ganha. Então, pau ni nóis... :O
Com apenas seis minutos de atraso, perdi o gol mais sem placa do planeta.  E o mais curioso é que aprendi a forma mais (in)justa de ser furtado por uma empresa.

Olha só:
“Exemplo: você comprou uma passagem com tarifa Programada, mas não conseguiu comparecer e voar (no show). Para que você seja ressarcido, serão descontados 40% do valor pago pelo bilhete, referente à taxa de reembolso, e mais R$ 150,00 (da taxa de não comparecimento). A diferença do valor pago, já descontadas as taxas e multas, você poderá receber na forma de reembolso ou deixar um crédito aberto com a GOL.” ​(Voe Gol - Acessado em 27 de novembro)

Eu comprei minha passagem por R$ 313, 70 e por ter perdido o voo, só me restou de crédito, R$ 123,30. Vamos as contas... 
A Gol tem a faceta de encerrar seu Check-in aqui em Rio Branco, 30mim antes de voo sair. Mesmo que tenham poucos passageiros a bordo. Claro, ganha-se absurdamente com no show dos clientes.
No site voegol.com.br, encontramos essa maravilha: "Para check-in, 1 hora de antecedência para voos nacionais e duas horas para voos internacionais". Que lindo isso né não....
Para que eu pudesse embarcar novamente, precisaria remarcar a passagem para o dia seguinte. E para Cruzeiro do Sul, de Rio Branco só tem um voo que antes saia às 13h e 20, hoje sai às 11h20. Bem, e a remarcação me custaria a bagatela de R$700.
Calculou?
A nova passagem R$700; o meu crédito na Gol R$ 123,30; Teria que desembolsar R$ 576,7, fora os R$ 190,40 que perdi por não embarcar.
Ou seja, um prejuízo real de R$ 767,10.
É ou não é assalto de cara limpa!
Não temos nada e nem ninguém que impeça que as empresas faça o que bem entendem. Há uma conivência geral na nação de nossos legisladores. Estamos sujeitos a um massacre financeiro, em caso necessidade chegar a outra cidade ou estado com urgência.  
E o que eu fiz, perdi os R$ 190 e peguei o ‘Busão’ pagando R$ 90.
Após 12 horas de viagem, cheguei. Cansado mais com uns trocados no bolso.

#Transtorno #dor de cabeça #arrependimento #voar de gol só em último caso

A gente ‘fomos’ no shopping

O maior shopping da região Centro-Oeste
“Eu 'di' um beijo nela
E chamei pra passear
A gente 'fomos' no shopping,
Pra 'mó de' a gente lanchar”
(Chopis Centis – Mamonas Assassinas)

Eu sei que você também lembrou da canção... E dos Mamonas... E dos shoppings da vida...
Nas andanças (e que andanças meu Deus) pelo meu Brazilzão, fui passear pelas águas. Desculpe a má formação, eu fui passear no Passeio das Águas Shopping. Agora sim ficou claro. Não, eu não fui só passear no shopping, não tenho grana para isso. Fui à trabalho na terra do sertanejo, claro... Daí, uni a folga com a curiosidade e fui conhecer a ‘grande’¹ maravilha de Goiânia.

Ele nada mais é que o maior shopping da região Centro-Oeste! Com um visual ultra, mega, power sofisticado, uma arquitetura inconfundível, verdadeiramente, é um passeio... E que passeio. E quem não tem grana, gasta com os olhos, quer dizer, gasta os olhos, porque o que você olha, e olha, e olha de novo não é brincadeira...

Mui belo minha gente... ;)

Com o conceito mais amazônico que os shoppings da Amazônia, ele possui um diferencial no pensamento sustentável. Modelado para aproveitar a luz externa, coleta seletiva, entre outras benfeitorias tecnológicas, o Passeio das Águas é muito lindo por dentro, além da utilização de utensílios amazônicos. Nossa, xônei mesmo, num vô mentir!

E a bagatela custou apenas R$ 384 milhões. Mais tudo que sobe, desce. Com certeza, gerará aproximadamente 6.300 empregos diretos e 4000 vagas de estacionamento, você sabe como isso é muito importante. Falo sem pleonasmo.


“Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade
É um crediário
Nas Casas Bahia!”
(Chopis Centis – Mamonas Assassinas)


Você tem? Eu nem tem... :(
E agora que sou ciclista, achei superimportante que o shopping dará uma atenção aos transportes alternativos. Contará com vagas para automóveis elétricos, com direito a postos de carregamento e dois bicicletários cobertos. Olha que ‘maGavilha’! Isso com capacidade para mais de 200 bicicletas e um vestiário para os ciclistas, ‘oTa maGavilha, né não?’ Além de duas ciclovias internas que serão implantadas no estacionamento.

Com uma praça de alimentação chique, muito mais chique que os restaurantes chiques que já fui. Bem, confesso, eles não eram tão chiques assim. Não, também não estou comparando aos bactéria lanches da vida nossa de cada dia. O lance é que, lá, tudo foi estrategicamente posicionado, lembrando aqueles restaurantes finos que vemos nos filmes de Hollywood ou Bollywood mesmo. Mais muito fino, elegante, trazendo ‘aconchegância’ e muito conforto aos usuários. E tudo com muita madeira legal, árvoreszinhas e plantinhas de plástico.


No final das contas, gostei muito. Espero que quando você for lá goste também. Se não gostar, perdoe-me, opinião é sempre como gosto de pão: quanto mais suor misturado, mais saboroso o bicho fica!

¹Passeio das Águas Shopping foi inaugurado no dia 30 de outubro. E eu fui lá! :D

Inseguro



Reclamar pra quem? Se todos sabem o que acontece por ali. Ações de vândalos? Não sei, não estava lá.

Mais triste é por lá passar e ver um prenúncio de destruição. Para mim sim, é destruição... Do vento? Será? Quem então saberá...

E quem vai pagar? Talvez quem precise por lá passar... À noite... No desnudo escuro...

O que era nobre aos poucos está deixando de ser. O controle imaginado, nunca foi domado. E aos reles, eles que se virem... Que se armem... De incertezas... Que eu assim seja claro.

Este é o parque do Tucumã. Rota de quem passa... De quem trapaça...

Aos poucos, a peneira se rasga. Faz se mais e não se cuida de menos... Ao menos, consegui passar. Amanhã, já não se sabe. Ninguém nunca sabe.

 

Crônica da vida real - Banguela

Indo para o Bujari com o tanque na reserva... Voltei na banguela... (Foto: Glauco Capper)

A vida guarda delongas situações, que a priori, parecem inacreditáveis... Como não seria, pois acordar pela manhã, tendo como motivação a dura jornada, e um olhar para o marcador de combustível do carro, e a decisão de seguir, com a plena certeza de que, a última alternativa, na última esperança da jornada tenha gasolina.

Mero enfadonho despertar, sem a coragem de acreditar que os imprevistos podem sim acontecer... E com você, claro! Ai, só custei desvendar a dualidade dos pensamentos, que ora iam com fé, outras nem tanto assim... Fui...

O sol descortinava seu brilho e mostrava a grama que já perdia o orvalho para o calor, que de tão forte, passei a sentir a sensação escaldante de estar ali. Restavam poucos minutos para chegar ao local certo. É um ponto que me encurrala nos pensamentos. Decidi, por minore, que seguiria em frente, até onde o ponteiro rejeitasse a cruel realidade.

Nas ladeiras e banguelas descontive-me da sanidade. Entre os risos e sorrisos do momento fúnebre de minha espertice, deslizava embalado na grata felicidade de esquecer porque estava ali. Pude enfim cumprimentar o mundo ao meu redor. Eram quase nove já, não era mais longa que a imensidão de chão que eu imaginava. Era o horizonte que me empolgava. Na bela e disforme geografia do meu itinerário, a luz amarela começava a piscar. Eu a ignorei, era o melhor de mim ali. Cada vez mais perto, longe ou perto de chegar ao posto mais próximo, ficava eu desconexo do que pude imaginar ser o fim... Fim da linha, mas não da estrada.

Entre banguelas e mais banguelas economizei o triplo que gastei na foba de chegar a outrem lugar. Era outra forma de pensar, de pisar de dirigir. Tive fé que ia chegar e cheguei. Demorei levas... Mas cheguei sem parar, sem o ponteiro me avisar que era o fim. O meu fim. Despertei, relaxei por alguns instantes... Sem encher o tanque prossegui minha jornada... Não enchi porque aprendi que o pouco me desafia a ir o mais longe possível... Hoje, foram 16km, amanhã, podem ser mais...

O 'tão' presente 11 de setembro

Foto: Greg Semendinger
"E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim.Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares."
(Mateus 24:6-8)


O horror acompanhado na tela da "TV" há 12 anos, é ainda algo inesquecível. Podiamos ouvir o som das hélices de nossos ventiladores diante de um silêncio assustador.

A tristeza surgindo em meio a incredulidade de cenas tão cruéis, marcou a adolescência e a história de toda uma geração.  Estávamos diante de um dos maiores e mais cruéis atentados terroristas da história.

Em 11 de setembro de 2001, aconteceu uma série de ataques coordenados pela Al Qaeda, a cidades norte-americanas.

Às 8h46 o primeiro avião atingiu as Torres Gêmeas, nesse exato momento a história ficou marcada para sempre nas mentes e corações de todos.

Não se sabe ao certo quantas pessoas morreram naquele dia, o que bem sabe é que, esse número se aproxima das 3.000 pessoas mortas nos ataques em Nova York, no Pentágono e em Shanksville, na Pensilvânia.

Eu lembro bem daquele dia. Dia de terror, de expectativa, de medo... Dia que não sairá da minha mente enquanto viver. Um prenúncio de que as guerras vão se intensificar a cada dia.

Memorial do 11 de Setembro "Empty Sky". (Foto: Gary Hershorn/Reuter)

Ter ou não ter alguém... Por quê?

Ser ou não ser sozinho? Ter ou não ter alguém do lado? Solidão é estar sozinho? Estar sozinho é mesmo estar na solidão? Perguntas sem resposta procuram desvendar o enigmático divã em que vive a sociedade em questão.

A necessidade afetiva do ser humano é algo fascinante. Uns matam, outros dão sua vida quando amam ou são mal amados. Alguns não conseguem se sentir completos, outros só conseguem sentir vazios dentro de si. Carentes de afetos e carinhos de uma pessoa em especial, muitas delas buscam incansavelmente nos olhares, nas redes, nos círculos de amigos, encontrar um pouco de atenção.

Mais onde procurar, como encontrar alguém ou pessoas que transborde você de alegria?
A necessidade de vínculos sociais desperta no coração do homem as sensações de dor e solidão, quando não se vive plenamente essa aproximação com o outro. A solidão tem alguns indícios físicos e está relacionada à elevação dos níveis de estresse, insônia, além de outros fatores como álcool, drogas, decepções, frustrações...

Uma série de sentimentos como: desespero, depressão, aborrecimento, impaciência, ansiedade, autodepreciação, entre outros, são os maiores responsáveis pela sensação de solidão. A insatisfação com o convívio de amigos ou falta deles, gera uma sensação de isolamento, mesmo quando se está rodeado de pessoas.

Isso tem acontecido em uma geração tecnológica, onde as pessoas não estão conseguindo superar o isolamento social e virtual. O nível de estresse tem aumentado, mesmo com todas as ferramentas e meios para agregar pessoas, o caos interior tem invadido vidas levando-as ao desespero e frustração.

Talvez, nos sentimos solitários porque depositamos no outro o que acreditamos ser a felicidades. Acreditamos que o nosso bem estar, está ligado a quando participamos do grupo certo, ou se estivermos com a pessoa certa. Mas será que isso é o mais correto? É bem óbvio, Não!

A sensação de felicidade não é formulada, é conquistada! Quando determinados valores estão no seu devido lugar, conseguimos entender e superar que não precisamos do outro para ser feliz, precisamos do outro para transbordar nossa felicidade.

As coisas, pessoas, situações externas não podem definir como você se sente. É você quem precisa decidir como vai se sentir diante dessas situações. Se você vai se apegar aos seus defeitos e se acanhar diante das diversidades da vida, ou se vai a cada dia aprender com todas as situações do seu cotidiano, é uma escolha só sua.

Ser feliz ou estar solitário tem mais a ver com decisão do que mesmo consequência de uma série de adversidades. Evitar situações de estresse ou sofrer por antecipação, não resolverá muita coisa, já que, a ótica da situação exige tempo e esforço. Viver rodeado de amigos e não decidir conversar com eles, aceitando o próximo e procurando descobri o que de mais interessante ele faz e tem a te oferecer, não mudará o quadro de sua vida. Você precisa decidir sair!

A solidão é um estado necessário para nos avaliar, onde nos encontrarmos com as situações que exigirão mudança, e mudá-las. De nada adianta viver se sentindo sozinho se você tem medo de mudanças e transformações que são tão necessárias para nossa vida. O convívio com o próximo exige aprendizado e humildade, reconhecendo os valores e aceitando o próximo como ele é.

Criar universos, mundinhos paralelos e querer que as pessoas vivam dentro dele e para ele, pode lhe frustrar bastante. A maioria das pessoas adoram desafios e sempre estão dispostas a compartilhar suas experiências e aprendizados. Guardar essas experiências e habitar mundinhos não é o atrativo delas.

Se você não se sente amado exclusivamente por uma pessoa, não necessariamente representa que você nasceu para viver sozinho. Às vezes, é necessário gastar tempo para crescer, estudar, amadurecer projetos, cuidar do seu jardim.

Solidão pode ter muitas formas e motivos para acontecer, mais só vai habitar em você, caso não busque motivos para que as pessoas tenham prazer e alegria de estar ao seu lado. Vazio gera mais vazio. Alegria atrai alegria e expulsa qualquer sentimento contrário a ela.


Quer ver sua vida transformada e longe de qualquer sentimento de solidão? Experimente encher-se de coisas boas vindas da fonte certa, aprendendo em todos os momentos, sorrindo até mesmo contra o vento, e você se surpreenderá com a quantidade de carinho que as pessoas que te rodeiam lhe darão, sem que elas queiram sair de perto de você! 

Bike estacionada

Mais um pouco de papelão e até a bike se consideraria nova!
Achei sensacional essa bike. O cuidado com ela!!!
Faz inveja a muitos proprietários de veículos que vão ao centro da cidade e deixam seus carros aquecendo no sol. Quem gosta de gato escaldado ta no lucro, claro!
Sei, deve ser sim de um flanelinha e está sendo usada como cabide de papelão. Mas que tá bem protegida tá! :D

Tudo junto e...

E tudo combina com coca-cola...
Erros? Onde? Será que não é apenas uma nova forma de redigir o português?

Coisas de cidade grande

Encontro da  Rua Cel. José Galdino com Getúlio Vargas. Foto: cinegrafista ilhado

Imagino eu, que o senhor Getúlio Vargas (que já se foi), deva estar super chateado (onde quer que esteja), por que alguns esgotos entupidos ou bueiros (muito) pequenos, vivem manchando o nome dele, quer dizer, inundando trechos da avenida que carrega o seu nome.
Sempre quer dizer, toda vez que chove! Até quando se imagina vir sereno, a rua já está alagada! Coisas de cidade grande! Ou desorganizada! :D

O valor do silêncio

Este garoto é mudo, e o seu silêncio me fez entender muitas coisas! (Foto: Glauco Capper)

Durante uma coleta de enxame no antigo aterro sanitário que fica na BR 317, no km 7, encontramos um garoto muito especial. Sem voz, ele falou muito nos ensinando ali, uma grande lição.

Na ausência das palavras é possível entender o valor do silêncio. É no silêncio que entendemos o valor das pessoas. E nele que ouvimos o sussurrar da solidão, ou despertamos a agonia do esperar. O silêncio nos prova, molda-nos conforme o nosso coração. Encontramos muitas riquezas quando ele fica, descobrimos que perdemos muito quando ele se vai.

O silêncio fala mais que muitas palavras... Ele se torna importante, e ao mesmo tempo, desprezível com traz junto a dor.

O silêncio trás decisões precipitadas, inibe muitos de ir em frente, afasta mundos e corações, mas ele tem uma explicação para tudo isso: poucos conseguem ouvir a sua voz!  

Aquele garoto não estava triste ali, o seu sorriso era presente em todo momento... Talvez a única coisa incompreensível ali era a tristeza que estava em meu coração, podendo ser facilmente resolvida com a pronuncia de algumas palavras.

Palavras que faltavam a ele, sobravam a mim! Alegria que sobrava a ele, faltava a mim... Só que com uma grande diferença, ele não tinha a voz, eu tinha... Que sensacional as reviravoltas que a vida dá com circunstâncias para nos ensinar!

Ali, aprendi que a vida é uma caixinha de surpresas! Aprendi ali a valorizar a vida, a voz, a saúde, a liberdade, os amigos e principalmente a família. Aprendi muito com aquele garoto que apesar de mudo, era bem feliz! 

Mais de 150 mil abelhas foram coletadas nesse dia! (Foto: Glauco Capper)

Lição de férias

Até na foto fiquei bonito...rsrsrs
Após 12 anos de trabalhos exaustivos, consegui tirar meus primeiros dias de férias! Não mais sabia que havia sim uma vida lá fora! Uma vida longe dos livros, do computador, longe da pressão, longe da sede por resultados, longe do telefone... Fui fantasticamente tocado pela vontade de viver novamente, de curtir os amigos, de dormir e acordar bem tarde sorrindo ao vento, de sair para passear sem a preocupação de um horário para voltar, de viajar sem destino, livre da chegada e sempre aproveitando o caminho!

Me dei conta que o amor continua afiado, só esperando que eu o convide a entrar. Percebi que o trabalho é bom, mais viver é melhor ainda! Percebi que tinha me viciando no trabalho, amo o que faço, mas talvez, de alguma forma acabei usando-o como refúgio para a dor, ou como escape para alguma coisa, mais por certo, eu vivia e respirava trabalho! Nem cuidando de mim eu estava, somente deixando a mente sempre disposta para exalar boas ideias. Que erro grosseiro eu estava cometendo!

Nesse gozo, tive uma sede saciada... A saudade de estar jogado nos braços de Deus, que por muitas vezes me entristecia, foi trocada por horas, dias na presença dEle. Que fantástico sentir vivo de novo, sentir que tenho muito ainda pra viver, que meus erros apenas me capacitaram para viver esse momento com sabedoria.

Foi nesse pequeno intervalo de tempo que percebi, que muitos estão como eu. Alguns já funcionando piloto automático, escravos das obrigações! Com o tempo descontrolado para vida, debruçado nas demandas do dia a dia, deixando de lado amigos e a família.

Me dei conta, que existem pessoas aqui fora que precisam de mim e como eu preciso delas! Me senti importante em alguns momentos, apenas achando que estava tornando as pessoas importantes. Reencontrei-me com a simplicidade dos momentos ternos de alegria, olhares cheios de amor, de convites à vida... Meu Deus como abandonei isso....

Existe tanta coisa que eu já estava passando batido, muitos lugares, amizades, amores... Sempre fui muito assediado pelo desejo bobo de fazer as coisas com perfeição... Coisa que nunca consegui... Mas de todas as tentativas muitos frutos colhi, frutos que me assediam a passar noites em frente ao computador. Não quero mais! Quero a vida e tudo que nela há! Quero Deus, como sempre quis, mas agora quero mais... Quero amar o próximo, mudar a vida de alguém...Deixar que as pessoas mudem a minha!
 

Descobri que não sou de ferro, que ninguém e de ferro, mesmo quando fingimos ser... Por mais que se tente! Hoje descrevo o meu retorno à vida, como um Lázaro ressuscitado... Morto pelo ritmo frenético do mundo de hoje, salvo pelo amor dos meus amigos que tiveram a paciência de esperar pela minha volta! Salvo pelos olhos ternos do amor... Estou de volta... Sai de férias das obrigações que me sucumbiam... Agora vou ser livre e viver livre dentro do meu trabalho!

Tudo porque, tão de repente, me dei conta que tenho uma vida, que os dias são para que eu os aproveite intensamente, que tenho amigos e que preciso conserva-los em vida, ama-los, que ainda tenho um coração e que ele precisa de cuidados, que tenho uma saúde a zelar, que tenho sonhos e planos que já cansaram de esperar!

Encrenca boliviana

Cena inusitada para quem costuma ver essa rua quase intrafegável.
Dias atrás presenciei uma situação, a princípio curiosa, no lado boliviano. Durante uma “pequena viagem internacional” ao Departamento de Pando – Cobija, às dez da manhã, quase todas as lojas estavam fechadas e o movimento de pessoas no comércio quase nulo, algo intrigante para aquela região.
De repente, sem titubear, nos demos conta de que, sendo nós turistas “e nada burgueses”, poderíamos nos tornar prisioneiros - arranjando problemas, naquela terra de muitas leis.
Soldados do exército encapuzados nos encarando, muita polícia monitorando, lojas fechadas, ruas vazias... Pensamos haver algum ato solene, ou presenciar alguma celebração a pátria dos patrícios, mais não, estava acontecendo mais um capítulo da guerra entre governo e os cidadãos de Made In Bolivia. O furdunço começou bem cedo, com saque em algumas lojas e por conta disso, todas as outras fecharam à visita dos gringos.
O governo de Evo Morales sancionou uma lei, onde toda pessoa física o jurídica de acordo com a Lei 843, fica obrigado a emitir notas fiscais e também condicionado a emitir faturas de todas as suas vendas, para respaldar todas as operações realizadas na cidade.
O descumprimento da lei, praticado ainda por muitos, tem causado o fechamento de lojas até a sua regularização, como também, e o desconforto em alguns empresários de baixo poder aquisitivo. Como retaliação ao governo, os próprios comerciantes saqueiam lojas amedrontando outros empresários a estarem de portas abertas.
Dentre os impostos cobrados pelo governo à ZOFRACOBIJA, os principais são:
IVA (imposto sobre o valor acrescentado), ICE (Imposto Sobre Consumos Especiais), IEDDH (Iniciativa Europeia para a Democracia dos Dereitos Humanos) e GA .


Loja fechada por sonegação fiscal, abre após regularizar.
A situação por lá anda bem mais complicada do que pensamos! E não só economicamente. O conflito mais atenuante está entre os “Colhas e Cambas”, principais grupos étnicos do lado boliviano. Os “Cambas”, descendentes do índio amazônico, dominam os Estados de Santa Cruz, Beni e Pando; os “Colhas”, o mais forte grupo étnico, que descendem da famosa civilização incaica (daí decorre a principal motivação ideológica da pretensa superioridade, o orgulho de descender de um povo que dominou outros povos e construiu um grande império) e detém a hegemonia político-econômica em La Paz, Cochabamba, Sucre, Oruro e Potossi.
Evo Morales faz parte da etnia “Colha” e tem buscado a hegemonia de seu poder por aquelas bandas. Em Pando, mais especificamente em Cobija, onde o predomínio é “Camba”, ele não é nada querido, exatamente pelo conflito que tem causado sua administração para uns bem “ditatória”. Nesse conflito, centenas de famílias já foram obrigadas a deixar a cidade por sofrerem retaliação de um dos grupos. Morales também tenta implantar o dialeto indígena de seu povo nas escolas, saudação de seus subordinados semelhante ao comprimento nazista, tem aumentado os impostos principalmente no serviço de água, estatização dos postos de gasolina onde só é possível comprar através de um cartão de consumo, sem esquecer também do risco de se comprar o petróleo dos gringos sem autorização. Hoje quem toma de conta dos postos são os soldados do exército boliviano. Brincou já viu!
Mas as estripulias de Morales não se finda por ai...
Recentemente Evo decidiu expulsar a Coca-Cola da Bolívia até o dia 21 de dezembro desse ano, como o fim do egoísmo e da divisão. Para o cumprimento de sua decisão, o fim da Coca-Cola marcaria o começo do mocochinche - refresco de pêssego e canela, um refrigerante muito popular no país. Seria para Morales, o fim do capitalismo e o início do comunitarismo. Mas dias depois, teve que voltar atrás de sua decisão devido a repercussão se sua altiva proeza.
A cidade de Cobija é rota turística para quem visita o Acre. Pode se dizer até que, é o “melhor shopping” da região, por sua variada e ampla comercialização de eletroeletrônicos, roupas e bugigangas em geral com preço mais baixo - menos impostos. O Departamento boliviano é assediado pelo Brasil, diga se aqui – sustentado também - pelo vanglorioso real. Mas como todo bom lugar, há também suas mazelas; sua apetitosa comida com tempero suave, porém, saboroso; tem aquela velha conhecida nossa: a saltenha que é uma delícia; sem esquece o bom suco de laranja! Agora o que não rola, pelo menos pra mim é trocar a “Coca-cola” pelo “Mocochinche”. Mas há quem goste!
Sabe o que deu medo? Foi do Evo “Clausurar” o Brasil, já economizamos muito por lá. Agora nem tanto que o dólar está em alta. É bom que, ninguém convide ele para passar uns dias aqui, pra quem gosta de imposto como ele... Seria o início de outra revolução!!! 

O "point" de muito tempo atrás...

O quiosque fez tanto sucesso quanto os chocolates caseiros que vendia!
Há muito tempo atrás, lembro-me desse lugar cheio de gente se divertindo, sorrindo, degustando aquelas guloseimas irresistíveis que até então começava a ser vendida ali!!!
Era o point do final de semana, isso no auge do canal da maternidade! Esse era lugar de encontrar e reencontrar amigos, paquerar e passar boa parte da noite.
O tempo passou...
Agora esse lugar abriga outras pessoas, principalmente aquelas que estão depredando o lugar, bem nas barbas de uma das sedes do Ministério Público.
Lógico, não é sua obrigação zelar por este lugar, mas bem que poderia dar uma forcinha...
Lamentei em ver o quiosque dos doces fechado, pinchado e deteriorando-se!
Deu saudade de todo aquele tempo e de toda aquela gente...

A velha mania de amar

Amor, amor, amor...
Que tal falar de um amor sentido que não venha das teorias e sim, do dia a dia, do eu e você, do nós... De um amor que não tenha roteiro, rima e etc e tal!
Vamos falar de um amor jamais escrito, um amor que foi tatuado nas páginas do coração...
Eu escolho aqui aquele amor que não vem dos poemas “dizidos”... Quem sabe até esquecido...
Vamos falar de um amor que venha das ternas lacunas da indagação, do sentimento mais profundo de solidão ou da mais pura sintonia com a alegria.
De um amor que não tem cheiro, endereço, respeita ou não. De um amor bandido, querido de todos nós...
Um amor sem rédeas que machuca, tritura faz da carência sua pintura em tela de outros tais...
Dele que nos faz poéticos e patéticos, afinal amar nunca é banal!
Um sábio poeta criou o amor. Não sabia ele que este viraria a maior arma do mundo. A mais poderosa das armas de destruição ou reconstrução em massa... A mais poderosa!
Não sabia Ele, que esta seria necessária ou desprezada quando convém ser. Mas sábio foi Ele que permitiu que optássemos por ele: o amor!
O amor não se define, muda em cada ser. Sua intensidade, seus estímulos, seus desejos ínfimos...
O amor não obedece  regras, ele as cria. Domina as táticas do impossível. É arteiro nas possíveis!
É capaz de transformar e destransformar pessoas, caráter, gerações...
Por ele, muitos vendem a alma, já outros tentam comprar-lo, mas interessantemente é que ele não tem preço! Mesmo que tivesse, muitos nem saberiam o que poderia vir a pagar por ele, nem mesmo se teriam condições para pagar.
O Amor é bem resolvido, sabe o que pode fazer. Sabe como levantar um homem do pó e levá-lo também. Nele muitos encontram refúgio, morada e outros já encontram dúvidas, dor.
Sem ele é notório o desprezo da existência. Com ele, chegamos a ser desprezíveis. Mas não vivemos sem ele.
O certo em tudo é ele, nós é que não sabemos como lidar com ele!
Somos enganados pelo falso, titubeados ao erro quando achamos ser ele. Desprezamos o sincero e ficamos com o galanteador realizador de desejos, que não é ele!
Feridas expostas a um falso sentimento que nada tem do amor, a não ser a posse que marca nossos dias com seu choro inexprimível.
A verdade sobre ele é que ele deseja você, mais você não sabe como lidar com ele!
A verdade dele é uma só: transformar jardins em poesias, desacorrentar almas sofridas, trazer paz ao caos...

E por que ele nos faz sofrer?

Não sofremos e a verdade é essa.
Criamos gigantes e nele intitulamos AMOR, declaramos a todo mundo que ele é o algoz da nossa história, sem ser. Pedimos aos céus e terra que nos expliquem, afinal merecemos uma resposta.
O Amor não brinca de amor, amar não é possuir, amar nunca será prender e sempre será libertar. O Amor não traz dor, ele cura, não faz chorar, traz alegria...

E o que sentimos então?

Talvez posse, talvez conforto, talvez desejos saciados, talvez o instinto de poder, o achismo de ser capaz de ter...

O que explicaria isso?

Amores mal resolvidos talvez? Descumprimentos das palavras após o sexo? Casamentos frustrados? Relacionamentos sem fundamento?
É mais fácil se acostumar que amar. Quando estamos acostumados com alguém, respeitamos até onde dá e depois que não dar, sempre pulamos fora como se fossemos marujos de barco a vela, que vão onde o vento soprar. Se está bem pra mim, eu fico! Se não eu pulo fora.

Qual sentimento é esse?

Paixão, talvez... Mas não amor!
Amor junta não espalha, luta e não desiste, perdoa e não magoa. Amor não nos deixa cegos, obcecados, o orgulho da perda e da posse sim!
As relações baseadas em satisfação pessoal, estão vazias de amor e cheias de interesse. Enquanto estou satisfeito bem... E às vezes tem sempre alguém que se apega e começa a acreditar que é amado ou amada, e daí acredita-se insaciavelmente ser o toque do amor! Mas estamos falando de dois e não de um.
Existem pessoas que estão tão carentes emocionalmente que urubu vira meu louro, que oportunistas viram príncipes encantados, e nesses casos costumeiramente, abre se a guarda inocentemente e o caos se instaura.

E o que proporciona isso?

O desconhecimento do valor próprio e do amor. Eu percebo que um está ligado ao outro como cordão umbilical.
O amor tem desejo de cuidar, zelar, aproximar, inspira mudança, sempre beneficia os dois e não um só. O casal que se ama, além do respeito mútuo, está sempre decidido a estarem juntos, pronto para o que der e vier. O que não se ama, só escolhe a parte e tempo bom da relação.

Porque falo isso?

Gerações estão se levantando desprezando o sentimento mais importante do mundo: o amor sincero puro e verdadeiro aos pais, a família, a Deus, a vida, a pátria... Tudo isto esta sendo extorquido por achismos infantis, onde causa e efeito podem gerar seres cada vez mais problemáticos socialmente, psicologicamente afetados e inaptos a qualquer sentimento.
Não estamos brincando em um playground, estamos brincando com sentimentos alheios e até agora quem sempre procurou se dá bem, saiu vitorioso. Isso é lamentável!
Mulheres já não tem mais pudor em si, meninas encantadas por corpos bonitos recheados de entorpecentes, homens obcecados por sentimentos doentios, meninos valorizando mais o sexo do que as pessoas que a dão, meninas se entregado a magreza para serem amadas, garotos se entupindo de anabolizantes para se tornarem mais interessantes...
Precisamos erguer nossos escudos, subir as muralhas do nosso forte, precisamos proteger nosso coração das banalidades do mundo moderno, onde o natural e o perverso não se distinguem, onde homens e mulheres vivem que nem “vampiros” trocando o dia pela noite em busca de prazer. E realmente estão derramando sangue!
Amor é uma fonte que jorra. É um jardim cheio de flores bonitas e cheirosas, que sempre atrai pássaros, borboletas, pessoas...
O amor é mais do que estão dizendo que ele é. É mais até do que possamos compreender. Mas se você não compreender que pode ser habitação dele, vai continuar a cantarolar no vento das emoções rumo a lugar nenhum, sofrendo que só você e ainda abrindo a boca pra dizer: é o amor... (Arrebenta Zezé...)
Desculpe, mais se você não despertou, sinto em dizer mais você está sendo apenas um utensílio barato de prazer dos outros, um troféu de vanglória, um ninho de frustações, um jardim de pedras e o perfeito candidato a templo da solidão!
Deixe o amor te libertar e saia do cárcere dos sentimentos baratos.